Saturday, September 30, 2006

Constantino Gasóleo


7 da manhã, depois de uma noite de copos bem agradável ao som do Dj Pierre Raven (responsável pelas misturas dos cds do Budha Bar, este é o momento da concorrência agradecer a publicidade) já com a barriguinha cheiiiinha e muito bem disposto, acho que fiz bem em trocar o Cutty com cola que já estava a enjoar por shots e muitos baileys, estava já no ponto de rebuçado...
Estou à procura da chave quando reparo num gato lindo, todo preto como eu gosto e com um rabo enorme.
Chamei-o e ele veio logo, a C. estendeu-lhe a mão e ele tal como eu derreteu-se logo, pegou nele e "deve estar cheia de fome", a cabeça era pequenina parecia uma gata...e ela sem demoras arranca logo para casa, ele ronronava muito alto parecia um motor a diesel, nasceu aí o seu nome Constantino Gasóleo.
Já em casa, leite no prato, as últimas fatias de fiambre e chourição, festas e mais festas, partiu à descoberta da casa, tudo o que era canto, debaixo das camas, futebol com um papel, eu de máquina fotográfica a tentar captar a nossa alegria .
Ela perguntava e agora? Eu a medo respondia, sabes que eu não posso..., ainda para mais agora...
Felizmente o Constantino deu-me a ajuda que precisava ao cravar as suas unhas no meu caríssimo sofá que um dia destes vai varanda fora...
Uma hora depois ela cheia de coragem leva-o para a rua, para quinze minutos depois voltar com ele..."ele não quis ficar" minutos depois levei-o eu, demos uma volta ao prédio e lá ficou ele a brincar às escondidas comigo.
Fui dormir... depois continuo com a saga do Constantino Gasóleo que voltei a encontrar...

Friday, September 29, 2006

Run Forrest run, alterado



O texto que se segue foi escrito num momento completamente depressivo no muito distante mês de julho (passaram mais ou menos 84 dias ).
Como é evidente eu hoje já não penso assim (lol).

Muita coisa aconteceu, o bar de praia foi um sucesso, voltei a ser o dj que tocava e encantava muito mais de 10 pessoas por noite. Agora preparo a reentré do bar discoteca que me parece que está a correr muito bem.

As palavras loucas e por vezes lúcidas que se seguem são com certeza fruto do cansaço de tanto trabalho... e o texto reza assim...

Na internet vais ser feliz - Jul. 05, 2006 at 10:26 PM

O relógio está a contar, num tique taque constante que pode dar tudo o que se espera ou tudo o que se teme.
A liberdade vai bater a porta como queres, podes finalmente conhecer todas as merdas que poluem a internet.
Com os seus segredos e erros de português que tanto odeias.
Talvez quem escreve "avemos de tomar um café" merece ser castigado pois nestas merdas de ser convidado e de se convidar só entra quem quer.
Este novo mundo deve ser bom para quem no verdadeiro foge da vida, é só teclar, meter umas fotos, escrever do que se gosta que logo aparecem centenas de tipos cheios de tesão, que dão o mail, que convidam para ser adicionados que dão o telemóvel e que certamente são as melhores pessoas do mundo!!! pois gostam todos de Frida Khalo, ouvem Bach e Maria Rita, filmes de culto, alguns ate sabem ler.
Hoje sou uma pessoa feia, por vezes agressivo, por vezes desconfiado, por vezes ausente no mundo da lua, a praia alivia um pouco o meu sofrimento, cada vez menor, cada vez mais distante.
A hora de rotura está a chegar leio nos teus olhos, o luto só princípia verdadeiramente quando se enterram os mortos.
Em que merda me tornei, em que merda me tornaram.
Adiciona, fui adicionado...

O País do oito e do oitenta


Corria o ano de 2000 quando o país despertou do marasmo musical em que viviamos.
Casimiro Afonso era o nome da sinistra figura, toda a gente o conheceria mais tarde por Zé Cabra.
Artista que tinha em Luís Filipe Reis a sua fonte de inspiração e a quem pagou 3000 contos por uns temas fabulosos e pela sua gravação (mais 200 cds incluidos, História resumida). Um dos cheques bateu na trave, resultado não deram todos os cds ao senhor.
Muito mais tarde um destes cds cai nas mãos de Nuno Markl que o passa na radio, para logo de seguida outra figura sinistra que apresentava as Noites Marcianas iniciar a procura deste ser.
Depois de contratos com o Chico das Cassetes e a grande Agata e diz que disse ganhava 70 contos por espectaculo e depois foi preso etc e tal.
O mito estava criado.
Mas vamos ao que interessa. O Casimiro cantava assim...

Deshei tude porela, deshei, deshei
Deshei tude porela, eu xei,eu xei
Deshei a minha bida, tã bonita e chingela
Deshei tude o catinha, Deshei tude poreeeelaaaaaa.
Deshei de ir ao cinema, deshei de irao futebol,deshei dir apraia, deshei deber o xol,
deshei de ir... [grunhos imperceptíveis]... tabém
deshei... [grunhos imperceptíveis]... poque ela axava beiimmmmmm.

E porquê escrevo eu isto? Perguntam vocês (as 4 ou 5 pessoas que visitam o meu blog uma vez por mês).
Porque em certos momentos tanto meus como de quem lê este post ou ouve esta bela musica, temos certamente a sensação de que "deishei tude porela" ou "deshei tude porele" foi ou é uma realidade das nossas vidas.
Aqui o "ele" ou o "ela" são os nossos filhos, pais, mulher, homem, amante, trabalho, vicio...
Eu já sei qual a minha realidade, agora escolham a vossa.

Wednesday, September 27, 2006

Beijos e palmadinhas nas costas...


Enquanto vagueava pelo Hi5 cheguei a uma conclusão:

Toda a gente quer ter os amigos por perto e os inimigos ainda mais perto.

Passo a explicar, algumas pessoas que fizeram tudo para destruir a minha vida continuam a visitar o meu hi5.
O que procuram elas?
Querem ver lágrimas?
Sangue?

No meu hi5 só encontram fotos do meu sucesso.
Tenho muitas palavras de descontentamento que foram resultado do momento e que não apago, pois nenhuma esponja consegue apagar o passado e as recordações.
Hoje qual fénix estou a renascer das minhas cinzas.
Por isso digo a quem me fez tanto mal e que eu na altura poupei a desgraças, que aqui, pouco mais há para ver.

E, quando eu visito os vossos hi5 é para saber se valeu a pena o que vocês me fizeram ou tentam fazer. Se atingiram a felicidade? Se enriqueceram? Se passam noites de loucura?
Hoje estou triste pelo que perdi, mas o que vocês perderam nunca mais vão encontrar, vocês estão cinzentos, com empregos deprimentes, sem emprego, com namoradas cinzentas, sem namorados, inseguros, com um passado e sem futuro...

Pergunta toda a gente:
Como é que foi possivel que ele tenha reagido assim, tão calmo?
Respondo eu:
Simples, eu tenho futuro, vocês construam o vosso...

(este post destina-se a quem se sentir atingido por ele)

Saturday, September 23, 2006

Só tenho medo de uma coisa

É de me apaixonar

Saturday, September 16, 2006

In Porto we trust




Estes são os verdadeiros Artistas do futebol...os que ganham e perdem os jogos...


...os outros são figurinhas de papel.



E agora as palavras do Miguel Sousa Tavares...


Zangam-se as comadres, soa o apito
O «Apito Dourado» transformou-se em «Apito Desgovernado» e agora apita em todas as direcções. E cada vez menos na direcção programada

HÁ mais de ano e meio que uma vasta legião de jornalistas, comentadores e dirigentes desportivos vivem agarrados ao Apito Dourado como bóia de salvação capaz de lhes trazer, servida numa bandeja, a única conclusão e a única «verdade» que ansiosamente esperam: a «prova» de que a hegemonia do FC Porto, nas últimas duas décadas do futebol português, tem uma única razão de ser — a compra dos árbitros. É por isso, segundo o seu esperançoso discurso, que o FC Porto ganha bem mais e mais vezes que os seus rivais do sul.

Em vão lhes foram constantemente fornecidos motivos de reflexão para outras razões possíveis, que eles desprezaram sempre, porque reconhecer o mérito alheio seria reconhecer o demérito próprio. Foi e é inútil argumentar com outro tipo de razões lógicas. Por exemplo, que se os árbitros (e, aparentemente, todos eles) se dispõem a vender os seus bons ofícios ao FC Porto, é natural que também o façam com os outros clubes. Por exemplo, que é difícil de perceber como é que um clube que só ganha internamente graças a batota, conseguiu ser, no espaço de dezasseis anos, duas vezes campeão da Europa e do Mundo, juntando ainda uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia ao rol dos seus triunfos internacionais. Por exemplo, que é difícil aceitar a batota como única razão para a supremacia portista, quando, uns após outros, jogadores e técnicos, portugueses e estrangeiros, que têm passado pelo FC Porto são unânimes em elogiar a sua superior organização, profissionalismo e atitude competitiva, em comparação com os seus rivais. Ou, por exemplo, que é difícil perceber como é que o FC Porto conseguiria exercer tão duradouramente tal poder subterrâneo, quando há vários anos se encontra afastado de todos os órgãos de decisão que integram a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol — que são os órgãos onde se decide as nomeações de árbitros, as suas classificações e punições disciplinares. Enfim, como é que alguém de boa-fé pode sustentar que é por batota que o FC Porto ganha e os outros não, quando todos temos, semanalmente, acesso a todos os jogos dos «grandes» e o que vemos é demasiado evidente para poder ser explicado por «razões ocultas». Depois de ver jogar o Benfica no Bessa, este sábado, alguém acredita que é por falta de «transparência» e de «rigor» que o Benfica é a desilusão continuada que tem sido? Alguém se lembra quando foi o último ano que o Benfica teve uma equipe de categoria, a jogar um futebol de categoria?

A muita gente, incapaz ou incompetente, que tem dirigido os destinos do Benfica e do Sporting dava muito jeito convencer o pagode que só razões extrafutebol é que explicam os seus fracassos e os sucessos portistas. O Apito Dourado — um processo mal instruído e mal amanhado desde o início, construído mais para os jornais do que para os tribunais, como é hábito entre nós — foi a tábua de salvação a que se agarraram para provar a sua razão. E, mesmo quando os primeiros indícios recolhidos e as primeiras fugas do processo começaram a revelar, sem margem para dúvidas, que o grande implicado do processo era o sócio benfiquista na Liga, o major Valentim Loureiro, as esforçadas almas benfiquistas não pararam de alimentar a lenda e a «verdade» de que tudo se resumia às tropelias de Pinto da Costa e do FC Porto.

Para não dizerem que não disse, anotem bem que eu não considero nem normal, nem aceitável que se corresponda ao pedido de um árbitro que queria os serviços de uma prostituta ou que o presidente de um clube receba em sua casa, para um «cafezinho», um árbitro que daí a dias vai dirigir um jogo do seu clube. Penso que ambas as coisa deveriam ser investigadas e punidas, no foro disciplinar, mesmo que arquivadas no foro criminal, como foram. Embora também não possa presumir a má-fé de Pinto da Costa, quando disse em depoimento que a visita do árbitro a sua casa foi inconveniente e não desejada por si, e embora também não seja tão ingénuo que não saiba ou não desconfie que os serviços sexuais aos árbitros ou as jantaradas de mariscos em restaurantes são uma prática habitual e disseminada por todos os clubes. Mas se os processos contra o FC Porto foram arquivados pelo Ministério Público é porque desde o início, como aqui escrevi, não se fez prova de duas coisas essenciais: nexo de causalidade e o móbil do suposto «crime». Ou seja, não se provou, antes pelo contrário, que aqueles árbitros tivessem beneficiado o FC Porto naqueles jogos. E, como era evidente, entendeu-se que era impossível demonstrar em tribunal, apenas com base na opinião dos benfiquistas ou sportinguistas, que o FC Porto de 2003-4, que era de longe a melhor equipa portuguesa de então, que jogava um futebol de encher o olho, treinada pelo melhor treinador português de sempre, que viria a ganhar o campeonato com mais de dez pontos de avanço sobre os seus rivais imediatos e viria a ser campeã da Europa, precisava de subornar os árbitros para ganhar em casa ao Estrela da Amadora ou fora ao Beira-Mar. Mas foi essa lenda que se alimentou durante ano e meio, através de «fugas» criteriosas do processo e extractos seleccionados das escutas telefónicas.

Sempre me perguntei porque é que ninguém falava de outros clubes e outras épocas, ainda mais recentes e pertinentes — como a época de 2004-5, em que o Benfica, sem jogar absolutamente nada, conseguiu ser campeão e entrar para o Guiness, através da proeza de, nos últimos dez jogos da época, marcar golos sempre e exclusivamente de «penalty» ou de livre à entrada da área, quase todos duvidosos e alguns escandalosos.

Mas eis que rebenta uma súbita zanga de comadres entre os sócios da Liga. Com Valentim Loureiro a negociar a sua própria sucessão na Liga, de forma a ficar com um pé dentro e o Benfica com os dois fora, a sociedade Benfica-Boavista estilhaçou-se e a mostarda subiu ao nariz do presidente do Benfica, e com razão. E, vai daí, começou ele a falar, dia sim, dia sim, do Apito Dourado, até que o Diário de Notícias de quarta-feira escarrapachava as escutas feitas à família Loureiro — cujo teor, não sendo logo integralmente desmentido, justificaria, se houvesse um pingo de vergonha, que eles se demitissem de todos os cargos que exercem nas horas seguintes.

E, sexta-feira, no Público, veio a vingança. Luís Filipe Vieira apanhado por tabela numa escuta feita a Valentim Loureiro, a escolher, sem pudor, o árbitro para uma meia-final da Taça e a dizer coisas tão sugestivas como «não quero mais esquemas nem quero falar muito» ou «não me quero chatear com isto porque eu estou a fazer isto por outro lado». Enfim, como ele próprio disse sem se rir, uma conversa que «revela o estado de espírito de um homem que pugna pela transparência e pelo rigor».

Mas o mais irónico ainda, é que a seguir o Público revelava uma conversa entre Pinto de Sousa e Pinto da Costa, que alguns bem intencionados se apressaram a declarar idêntica à conversa entre Loureiro e Vieira. Com estas diferençazinhas: enquanto Vieira recusava o árbitro indicado para o seu jogo, Pinto da Costa era confrontado com a recusa do árbitro por parte do adversário — o União de Leiria; enquanto que Vieira, a seguir, recusava mais quatro nomes indicados por Loureiro (nem ele nem a Liga tinham competência para escolher o árbitro dum jogo da Taça...) até aceitar o quinto, Pinto da Costa sugeria ao seu interlocutor um nome de consenso, a seguir propunha-lhe que escolhesse quem tivesse sido o melhor classificado e, finalmente, que escolhesse quem quisesse, que ele aceitaria qualquer um. E só para completar a história: nessa meia-final da Taça de 2004, o FC Porto apanhou um dos dois árbitros que mais o prejudicam habitualmente e, na final contra o Benfica, apanhou o outro — e ganhou o Benfica, sem justiça alguma.

Pois é, o Apito Dourado transformou-se em «Apito Desgovernado» e agora apita em todas as direcções. E cada vez menos na direcção programada.


Por Miguel Sousa Tavares em a Bola

Friday, September 15, 2006

Por vezes o amor pode ser bom






















Papo de esquina (1988)
Roberto Carlos - Erasmo Carlos


Que bom te ver aqui com essa cara de contente
Faz tempo que eu não vejo você
(A mesma impressão eu tenho do amigo
Sorrindo pra tudo que vê)

Quem vive sorrindo assim desse jeito
Só pode mesmo ser por amor
(Vai adivinhar no mato, meu grande barato
Parece que alguém te contou)

(Num dia de chuva que coisa mais linda
Ela 'tava esperando o sinal)
Num dia de sol me sorriu tão bonita
E eu puxei um assunto banal

(Joguei meu casaco pra que ela pisasse
E ela me deu nota dez)
A minha estava enxuta de fato
Mas não tão somente nos pés

Toda a razão dessa felicidade
É uma gata chocante que eu conheci na cidade

Na Segunda-feira de short amarelo
Ela 'tava o que não tá no gibi
(A minha na terça sobrava no short
Se era amarelo eu nem vi)

Na quarta e na sexta num beijo me disse
Que tava gostando de mim
(Que coisa engraçada na quinta e no sábado
Comigo também foi assim)

(Ela gosta das flores que eu mando
E o cartão que eu escrevo sorri quando lê)
A minha usa flor no cabelo
Será que essa flor não é do mesmo bouquet ?

(Ela cuida do corpo, ela corre na praia
E ela adora sair pra dançar)
Não sei se me explico, mas tudo da minha
O amigo acabou de falar

Toda a razão dessa felicidade
É uma gata chocante que eu conheci na cidade

Conta mais, quero saber
O que você tem pra me dizer
Conta mais o que quiser
Quero saber mais dessa mulher

(Você não tá achando), mas é claro que eu estou
São histórias parecidas demais
(Me diz como ela é), será que ela é a mesma
De repente até são duas iguais

(A minha é a morena que ali já vem chegando
Com outra morena também)
A outra é a minha, as duas são lindas
Amigo, então tá tudo bem

Que bom que a razão dessa felicidade
São duas morenas que a gente encontrou na cidade
Que bom que a razão dessa felicidade
São duas morenas que a gente encontrou na cidade

Conta mais, quero saber
O que você tem pra me dizer
Conta mais o que quiser
Quero saber mais dessa mulher

Conta mais, quero saber
O que você tem pra me dizer
Conta mais o que quiser
Quero saber mais dessa mulher

Thursday, September 14, 2006

Who wants brains where there are bubbs?

Eu sou burro burro burro burro burro burro burro burro burro burro burro burro burro burro
Tu és burra burra burra burra burra burra burra burra burra burra burra burra burra burra

... no fundo não sabes que eu sei o que tu sabes

Tuesday, September 12, 2006

Prisões








Um dia vais sair da tua prisão
não sei se vou estar cá.
Vou vivendo a tua dor
que já foi nossa.
Será perpétua a nossa pena?

Estrela da tarde





Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.

José Carlos Ary dos Santos

Monday, September 11, 2006

Pérolas de Mec

No quiosque, uma velhota confessa-me baixinho e como se temesse estar perante um segredo que pudesse colocar em perigo o futuro da humanidade:
Eu sei quem você é.
Retiro-me sem uma palavra. Sempre tive inveja de quem sabe mais do que eu.


Depois

Depois do orgasmo, a sensação de que nada vale a pena.
Depois do orgasmo, a sensação de que nem o orgasmo vale a pena.


Uma pena

"O amor é como uma faca: tem dois gumes", diz-me C. entre um trago de vinho branco e um beijo molhado. Concordo sem reservas. Só tenho pena de ainda não ter conhecido o gume que não faz doer.


E agora José Cid... "As minhas fãs são porreiras e não guincham"
- Jose Cid, num momento de pura sensibilidade.

9/11 O dia em que o mundo mudou

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
Livro do conselhos



Os maus...

As vitimas...






Os heróis...









O resultado...

Que mundo de merda este, governado por gente de pilas pequenas que com a sede de poder ficam cegos e tudo é uma desculpa para poder ganhar mais dinheiro. Não tenho paranóias de teorias de conspirações nem acredito em bruxas mas que las hay hay.




Saturday, September 09, 2006

Lost in Transladation

Como estamos em época alta, e malta estrangeira é o que para aí não falta, "lembrou-me" de criar uma rubrica que nos ajudasse a compreender "o falar" dessa gente, falar esse que também se usa muito na música de lá de fora. Para quem gosta de cantarolar e não percebe o que eles dizem nas suas líricas, esta é a solução.Os moços que vos trago hoje fizeram muito furor lá terra deles, a América, país que apesar de não ser tão flagelado com o drama dos incêndios florestais como a gente por cá, mereceu na mesma este aviso sob a forma de canção acerca de juventude embriagada, que só está bem a fazer mal. Se não é a profanar cemitérios, é a puxar o fogo ao pinhal. Que malandragem pá! Vão "mazé" cortar esses cabelo e trabalhar.

É o que é...Os Portas -
"Ateia-me a Labareda"
/ The Doors
- "Light My Fire"

Tu sabes que seria inverdadeiro
You know that it would be untrue
Tu sabes que eu seria um falso
You know that i would be a liar
Se eu te fosse a dizer a ti
If i was to say to you
Miúda, não chegaríamos muito mais fininho
Girl, we couldn't get much higher
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, acende-me o lume
Come on baby, light my fire
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, acende-me o lume
Come on baby, light my fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite
Try to set the night on fire
Tempo de hesitar findou
Time to hesitate is through
Nenhuma equipe para engolir a mira
No time to wallow in the mire
Agora experimenta apenas perder
Try now we can only lose
E a hora do amor torna-se num pires funerário
And our love become a funeral pyre
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, puxa-me o fogo
Come on baby, light my fire
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, puxa-me o fogo
Come on baby, light my fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite
Try to set the night on fireAh! Uh!
Cidadã estrangeiraAouh,
come on!
Cidadã estrangeira, Boazona!
Come on, babe!
Oh Sim!
Cidadã estrangeira
Yeah! come on!
Cidadã estrangeira
Come on!Ua ah uh!
Oh sim!
Woaouh! yeah!
Foi a noite mais demorada da minha vida
It was the greatest night of my life.
Apesar de ainda não ter encontrado moçoila casadoira para desposar
Although i still had not found a wife
Tinha lá os meus amigos
I had my friends
Junto à minha beira
Right there beside me.
Éramos amicíssimos
We were close together.
Empoleirámo-nos no muro do cemitério
We tripped the wall, we scaled the graveyard
Navios antigos rodeavam-nos
Ancient shapes were all around us.
Tava muito nevoeiro e humidade
The wet dew felt fresh beside the fog.
Dois fizeram o amor com um velho borbulhento
Two made love in an ancient spot
Um era caçador e acordava cedo
One chased a rabbit into the dark
Uma miúda não aguentava a "buída" e jogou ao "mata"
A girl got drunk and balled the dead
E eu dei cabeças de salmão desovado
And i gave empty sermons to my head.
Cemitério, frio e quedo
Cemetary, cool and quiet
Detesto as folhas e a tua sagrada batata frita
Hate to leave your sacred lay
Bacano bebo leite pela manhã
Dread the milky coming of the day.
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Ah, ah, ah, ah!
Rir em estrangeiro
Aah, aah, aah, aah, aah
Rir em estrangeiro
Aah, aah, aah, aaah !
Tempo de hesitar findou
Time to hesitate is through
Nenhuma equipe para engolir a mira
No time to wallow in the mire
Agora experimenta apenas perder
Try now we can only lose
E a hora do amor torna-se num pires funerário
And our love become a funeral pyre
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, puxa-me o fogo
Come on baby, light my fire
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, puxa-me o fogo
Come on baby, light my fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite
Try to set the night on fire
Tu sabes que seria inverdadeiro
You know that it would be untrue
Tu sabes que eu seria um falso
You know that i would be a liar
Se eu te fosse a dizer a ti
If i was to say to you
Miúda, não chegaríamos muito mais fininho
Girl, we couldn't get much higher
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, puxa-me o fogo
Come on baby, light my fire
Cidadã bebé de nacionalidade estrangeira, puxa-me o fogo
Come on baby, light my fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite
Try to set the night on fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite
Try to set the night on fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite
Try to set the night on fire
Experimenta sentar-te ao lume de noite!
Try to set the night on fire!
Tudo fino!Tá tudo fino!
All right, all right!
Tudo fino!
All right!

publicado pelo "João" por volta das 21:58

O acto, a pessoa, a hora e...

«Qualquer pessoa pode zangar-se, é algo muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exacto, no momento oportuno, com o propósito justo e do modo correcto, isso, certamente, não é tão simples»


Exemplar de Lógica Aristotélica by Murcon

Friday, September 08, 2006

Em verdade te digo

Para que queremos nós a verdade se não a aceitamos

Thursday, September 07, 2006

Num tempo de mentira universal, dizer a verdade é um acto revolucionário.

George Orwell

Tuesday, September 05, 2006

Declarações amigaveis

Algumas frases veridicas, constantes das ditas "declarações amigaveis" a preencher, nos casos de acidentes de viação, pelos intervenientes:DESCRICAO DE OCORRÊNCIAS NAS PARTICIPAÇÕES DE SINISTRO DO RAMO AUTOMÓVEL EM 1998 (CONSIDERADAS AS MAIS "CARICATAS" PELA APROSE)-
"O peão não sabia para onde ia, então eu atropelei-o..."
- "Vi um velho enrolado, de cara triste, quando ele caiu do tejadilho do meu carro."
- "Eu tinha a certeza que o velho não conseguia chegar ao outro lado da estrada, por isso atropelei-o."
- "Fui cuspido para fora do carro, quando ele saiu da estrada. Mais tarde, fui encontrado numa vala por umas vacas perdidas"
- "Pensei que o meu vidro estava aberto, mas descobri que estava fechado quando pus a cabeça de fora."
- "Bati contra um carro parado que vinha em direcção contraria."
- "Sai do estacionamento, olhei para a cara da minha sogra e cai pela ribanceira abaixo."
- "O tipo andava aos ziguezagues de uma lado para o outro da estrada. Tive que me desviar uma porção de vezes antes de o atropelar."
- "Já conduzia ha 40 anos quando adormeci ao volante e sofri o acidente."
- "Um carro invisível veio de não sei de onde, bateu no meu carro e desapareceu."
- "O meu carro estava estacionado correctamente, quando foi bater de traseira no outro carro."
- "De regresso a casa, entrei com o meu carro na casa errada e bati numa arvore que não e a minha."
- "A camioneta bateu de traseira no meu para-brisas, em cheio na cabeça da minha mulher."
- "Disse a policia que não me tinha magoado, mas quando tirei o chapéu, percebi que tinha fracturado o crânio."


in marakoka


assim nem jesus entende


in marakoka

Coisas de amor na caneta dela, que poderia ser a minha se para tal tivesse eu engenho e arte

Por ti...
Fosse eu amada assim com tamanha intensidade...




Onde?
E foi quando senti falta do sabor da tua pele que dei pela tua ausência...quantas vezes te ausentaras sem que eu desse conta? Quantas vezes te chamei? Quantas vezes apareceste e te fizeste notar? A decisão era sempre tomada por ti...a aceitação tomada por mim...afastei-me uma, duas...infinitas vezes e acabei sempre por voltar...nunca tive a coragem necessária para te perguntar o porquê...nunca recuei ás tua investidas, escondia-me por vezes bem sei...mas sempre de maneira a que me pudesses encontrar fácilmente...Recebia os teu beijos avidamente e dizia que pensava em ti naquele momento...havia a falta de tempo...mas também me culpavas de ter a minha...nunca cheguei a perceber o que pretendias...nunca cheguei a perceber se a tua ausência era uma partida definitiva ou apenas uma curta viagem...nunca percebi o valor do teu gostar...nem o significado do teu abraço apertado...se simplesmente me desejavas ou era um gostar mais intenso...fechavas sempre os olhos quando me beijavas para eu não conseguir ver nada através deles...



in viver em segredo

Monday, September 04, 2006

Sem sono como sempre

Olá, aqui estou eu.
Depois de vaguear por aí em tudo o que é blog decidi criar um.
Enquanto a minha sanidade mental não me permite publicar os meus pensamentos para não deprimir ninguém, vou copiar algumas coisas que vou encontrando por aí.